quinta-feira, 8 de março de 2012

Texto do Lucas

Desta vez o texto não é meu. Este texto foi escrito pelo Lucas, sobre mim. Espero que ele não se importe de eu postá-lo aqui no blog, mas é que achei verdadeiro e surpreendente (principalmente porque ele escreveu isso tão rápido e imaginei que me conhecesse tão pouco!)! Segundo ele, dou uma boa personagem... é, acho que não é sempre que alguém diz que vai escrever sobre você e realmente escreve! Agradeço, mais uma vez, Lucas, por me surpreender. (:

Era daquelas meninas que quando acordam abrem logos os olhos - detestava a escuridão, preferia a luz do sol, mesmo que fosse fraco. Era daquelas que colocava os óculos pela manhã só para saber se o mundo continuava o mesmo; quadrado, igual, sem alterações. Falava rápido, como se as ideias fossem se atropelando na mente e ela não pudesse controlar todas. E gostava! (amava, preferia!) a vida, os pequenos detalhes do mundo, a beleza da simplicidade. E o que não entendia perguntava, não tão alto, mas questionava, como se quisesse entender, mas sem compreender, compreensão era para outros assuntos. Complicado demais.

Sabia admirar, mesmo que a contragosto as várias nuances do mundo. Odiava explicações pela metade e cores incompletas. Como o marrom poderia ter mais de um tom se no fundo ainda era o mesmo? Não gostava das nuances, preferia os acertos – os cuidados, a trilha mais segura.

Mas mesmo assim era imprudente, sempre! E tombava coisas ao chão, mas aprendeu a curvar-se e juntar os cacos, como quem não se importava com quedas, contando que não tivesse nenhum arranhão. E agradava assim, entre sutilezas e nuances sem constância. Como quem não quer nada. Simples? Talvez sim, mas prefiro achar que não.

E trocava os passos e errava a letra, mas mantinha-se. Ora, então o mundo não era seu, mas o que isso importa? Ela estava feliz, então o mundo poderia ser da felicidade que de algum modo era dela – não que fosse megalomaníaca, só que às vezes era bom dominar algo, nem que fosse a si mesma.

Parou então, como quem não quer nada. No meio da rua. No vazio. E soube admirar. Estava ali de algum modo, firme. Entre aros de óculos e conversas erradas criou-se; de luz e poucas sombras. Transpareceu.

Um comentário:

  1. Realmente, consigo visualizar você em cada linha desse texto. Muito lindo e muito bem escrito. =)

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Oi, queridos! Aqui é seu espaço, podem colocar os pés no sofá.