quinta-feira, 31 de julho de 2014

Por mim e para mim

Daquelas coisas que passam pela nossa cabeça uma vez e só então nos damos conta de que sempre esteve pairando por ali. Parar de colocar tanta pressão. Sempre foi o que eu fiz e nunca impediu que nada desse errado. Parar de exigir tanto, principalmente quando sei que não quero, não vou ou não posso cumprir. Posso assim me poupar de frustração desnecessária. Parar de remoer o que passou, pois a cada vez acrescento mais uma camada de culpa. Aprender com os erros é diferente de usa-los como escudo ou desculpa. Respeitar minhas próprias vontades, já que delas nascerão minhas escolhas. Não faz sentido me guiar por caminhos que poupem os sentimentos alheios se no final acabo por magoa-los ainda mais, despejando sobre seus ombros a culpa de minha própria infelicidade. A ansiedade cresce a cada passo, não pelas expectativas criadas, uma vez que não tenho o que esperar de trajetos que não me dizem respeito, mas por já não saber o que estou fazendo. E todas as vezes em que me pergunto por que desisti ou por que errei tanto, surpreendo a mim mesma com a compreensão de que não tenho a resposta, pois ela nunca me pertenceu. Minhas motivações tão pouco se alinhavam com a pessoa que fui quanto com a que me tornei justamente porque tiveram origem em outro lugar que não em mim mesma. Todas as decisões foram e serão tomadas por mim, mas que sejam para mim, daqui para frente.

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