“Eu descobri, Gustavo! Descobri uma forma de
te ajudar! De nos ajudar. Desculpe
ter demorado tanto. Desculpe ter permitido que você se tornasse um incômodo,
meu amigo. Confie em mim, tudo bem? Só mais uma vez.”
Ethi era uma menina
estranha. Eu sei que é rude dizer isso de uma pessoa, mas não estaria sendo
sincero se dissesse que essa não foi o meu primeiro pensamento a seu respeito.
Quando a gente olha para ela e ela não está olhando para a gente, ou não parece
perceber que está ao alcance da vista de um número considerável de pessoas, ela
tem uma cara estranha. Como se parecesse bem mais velha do que é. Eu nunca
tinha visto uma criança se parecer com um velho antes, mas foi exatamente essa
a impressão que eu tive quando coloquei os olhos nela pela primeira vez.
Tínhamos onze ou doze anos, não lembro mais. A idade que se tem na sexta série do
ensino fundamental. Só fomos nos conhecer muito tempo depois.
Eu costumava gostar
em especial desse tipo de pessoa que nem olha para a gente. Que não olha e não
parece julgar, sabe? Ainda que não se possa dizer o que se passa na cabeça
desse tipo de gente, especialmente na desse tipo de gente, algo nos diz que não
estamos sendo julgados. Como se não fossemos importantes o suficiente. Outra
qualidade que percebi logo de cara na Ethi é que ela não falava. Não deixava
impressão nenhuma nos desconhecidos ao redor com palavras escolhidas por
antecipação. Não despertava admiração ou inveja ou sequer curiosidade, pois
todo mundo já assume que quem não fala, pouco tem a dizer. Mas era como alguém
que consegue resistir à tentação de compartilhar pensamentos pedantes, pensamentos
com uma importância menor do que aparentam ter, que eu via a Ethi. Alguém que não
fazia eu me sentir inferior por simplesmente existir a poucos metros de mim. Sim,
era com superioridade que eu percebia a existência da Ethi. Isso me confortava,
sim, e admitir isso é essencial para que você compreenda o tipo de
personalidade que eu começava a formar naquela época.
A Ethi era uma
menina estranha e essa era a única constatação que me vinha à mente na semana
seguinte e em todos os dias que se seguiram àquele dia, a respeito do único
primeiro dia de aula que eu viria a me lembrar. Mais estranho que isso,
entretanto, foi a forma como esse dia apareceu na minha mente como uma lembraça
pela primeira vez, e disso eu me lembro bem. Era sexta-feira, uma tarde tediosa
tão odiosa quanto todas as outras, e eu sentado no chão do meu quarto com as
luzes apagadas, o que dava a impressão de um dia especialmente difícil. Eu
nunca tinha precisado fazer isso antes, sentar no chão e abraçar os meus joelhos
para tentar aliviar um pouco a dor, ou talvez o medo, não lembro bem. Era
estranho sentir o coração batendo nos ouvidos, a respiração parada, como se não
quisesse ou pudesse ir ou voltar. A impressão que se confundia com esperança
de que se eu parasse de respirar, de que se eu realmente quisesse fazer isso,
um borrão escuro tomaria conta da minha visão e depois dos meus pensamentos, primeiro
gradualmente e depois de uma vez. E aí, fim, uma dor e arrependimento que não
seriam mais meus. Seriam, talvez, da minha mãe, que bateu na minha porta
naquele instante, com a mão espalmada. “Ou
você sai, ou eu chamo seu padrasto pra arrombar!”. Foi quando eu pensei na Ethi
pela primeira vez. Na hora eu não compreendi que isso se devia à segurança que ela viria a me
transmitir um dia. Dia esse que precedia todos os outros que passaria
enxergando nela todas as inseguranças que a tornavam quem ela é.
Foi no meio dessa
semana que ouvi a voz dela pela primeira vez.
"I - Ethi"
ResponderExcluirETHI POCHETE! Saudades Ethi D:
"Ethi era uma menina estranha"
ETHI CONFETE!
"Eu sei que é rude dizer isso de uma pessoa"
É mesmo, cadê seus modos? ò.ó (mas se for igual a de IILYLM é estranha mesmo /eivc)
"mas não estaria sendo sincero se dissesse que essa não foi o meu primeiro pensamento a seu respeito"
Sua mãe não te ensinou que educação vem antes de sinceridade? masoq
"Tínhamos onze ou doze anos, não lembro mais. A idade que se tem na sexta série do ensino fundamental"
Isso é a autora admitindo que não faz a mínima ideia e está com preguiça de procurar.
Eu costumava gostar em especial desse tipo de pessoa que nem olha para a gente +1
"Que não olha e não parece julgar, sabe?"
Só parece mesmo.
"Outra qualidade que percebi logo de cara na Ethi"
ETHI CHICLETE!
"que eu via a Ethi"
ETHI PATINETE!
"Sim, era com superioridade que eu percebia a existência da Ethi"
ETHI CASSETETE!
"A Ethi era uma menina estranha"
ETHI IRANETE!
"Seriam, talvez, da minha mãe, que bateu na minha porta naquele instante, com a mão espalmada. “Ou você sai, ou eu chamo seu padrasto pra arrombar!”"
Eita, altas emoções!
"Foi quando eu pensei na Ethi pela primeira vez"
ETHI CARPETE!
Considerações: Bia, você já leu aquela historinha da Turma da Mônica que tinha um cara que escreveu o poema super bizarro, e tudo rimava com "ete"? Lembrei disso lendo esse texto KKKKKK Nem lembro direito da história, mas adoro o poema e, inclusive, encontrei na internet s2 Ó:
Ronete coquete de pochete grapete
Comia espaguete com omelete no carpete da quitinete da garçonete Ivete
Que trabalhava na lanchonete “Chiclete com Confete”, no número dezessete da Rua Margarete
Ronete Coquete passeava com seu patinete que comprara na internet
quando bateu numa caminhonete
“Levante, Coquete! Levante, Coquete!” gritava Ivete
Mas a pequena Ronete era apenas uma marionete
Caída no número dezessete da rua Margarete
Genial D: D:
Tem até uma comunidade no Orkut: http://orkut.google.com/c10486917.html
Nossa, eu super preciso encontrar esse gibi D: D: D: D: D:
GENTE. PERA. Eu vou comentar SÓ a respeito desse poema bizarro HASUHASUHASUH
ExcluirNÃO, EU NÃO CONHECIA!!!
Que bizarro, isso não parece um poema de personagem da Turma da Mônica. Não parece de forma alguma algo relacionado a tdm, aliás O_O Achei o tom inesperadamente sombrio, principalmente no final.
E como diabos você achou na internet? Quais palavras chaves você usou?? AHSUHASUHAUSH
Uma. Comunidade.
Genial, realmente.
E bastante bizarro também.
Eu tenho que dar uma checada nos meus pra ver acho aquele da Denise D: Mas esse daí eu não devo ter, hm. Pelo menos não lembro de ter lido essa coisa bizarra.
DROGA! Eu tinha escrito um comentário aqui antes de comentar no Quarto, mas acho que só escrevi no Bloco de Notas, esqueci de postar aqui masoq Tudo bem, não tinha nada realmente relevante, o que importa é que eu achei o gibi!!! Tirei foto das páginas, vou tentar postar aqui /eivc
ResponderExcluirLê. Tá linkado.
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