Meu amor é uma desarmonia
entre o pensamento, a palavra e o sentimento.
Às vezes o sinto com um protesto pacífico
pelo direito que me reservo de ansiar a felicidade.
É um grito de liberdade que, camuflado,
confunde-se em desejos ambivalentes de palavras mastigadas em silêncio.
É uma sugestão psicanalítica que tenta pegar de surpresa uma mente que nunca, jamais, vacila.
Nossa é a ausência do afeto que se esconde no último lugar que a gente procuraria um no outro.
É de cansaço que meus sussurros se tornam música
assoando seus sentidos que, de tão esquecidos, não conseguem mais amar.
E, se de medo eu me faço
é em pequenos momentos de coragem que desfaço
todo o esforço empregado no bom senso escasso
que só cabe no abraço
que eu nunca vou te dar.
que eu nunca vou te dar.
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