domingo, 9 de junho de 2019

Inconsciente

Meu amor é uma desarmonia
entre o pensamento, a palavra e o sentimento.

Às vezes o sinto com um protesto pacífico
pelo direito que me reservo de ansiar a felicidade.

É um grito de liberdade que, camuflado,
confunde-se em desejos ambivalentes de palavras mastigadas em silêncio.

É uma sugestão psicanalítica que tenta pegar de surpresa uma mente que nunca, jamais, vacila. 

Nossa é a ausência do afeto que se esconde no último lugar que a gente procuraria um no outro.

É de cansaço que meus sussurros se tornam música
assoando seus sentidos que, de tão esquecidos, não conseguem mais amar.

E, se de medo eu me faço
é em pequenos momentos de coragem que desfaço
todo o esforço empregado no bom senso escasso 
que só cabe no abraço
que eu nunca vou te dar.


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