Um amor que de fatos se dispõe
para decompor o mais remoto ato de coragem
Que só existe no futuro dos meus mais lúcidos sonhos diurnos
já que dos noturnos eu me privo por não dormir
E é dos olhos que só se fecham nos momentos errados
que eu mais preciso no anseio da verdade
que não posso te contar
Um amor que da realidade se esconde
quando nos julgamos desmerecedores de um presente feliz
Queria nunca ter comprado suas fantasias de impotência
Sua fadiga, minha dormência
que a ambos nos impede o despertar
Foi por no passado tanto ter mentido
que nunca me foi permitido, do translúcido mistério,
entender o que é o amar
Um amor que feito semente patogênica
fez da terra seu poema
de flores de plástico e palavras de aço,
frias como uma queda ao fundo do mar.
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