sábado, 18 de junho de 2016

O que ando fazendo nessa eterna férias chamada 2016?

Eu realmente amo o meu blog. Eu já tive vários, mas eu amo esse em especial. Eu amo as cores, o conteúdo aleatório que vem se acumulando desde 2009, a sala dos amigos imaginários, o nome, a lembrança do nome antigo (Não Sou Um Bolinho de Arroz, alguém lembra? Claro que não), os blogs fantasma do blogroll, os áudios dos meus improvisos no piano, o registro bagunçado e espaçado da minha vida. Tem posts aqui que são uma visita ao âmago do meu ser. É sério, por mais ridículo que isso soe. E eu realmente queria voltar a usar esse espaço. Tem um post aqui chamado 2016 que eu deveria reler todos os dias até 2016 acabar, feito aquele cara do filme que sofre de perda de memória recente e precisa reler seu diário todos os dias pra se situar. Enfim, essa sou eu recomeçando. De novo.


2015 foi o ano mais produtivo da minha vida até agora. Talvez um dia eu faça um post sobre isso, tal qual a retrospectiva 2013. Mas não hoje. Hoje vou falar sobre 2016, o ano menos produtivo da minha vida. Até agora.


A despeito deste ser um post sobre não-produtividade, a verdade é que eu queria mostrar para mim mesma que meus dias tem sido sim recheados de pequenos avanços. Tenho lido bastante e finalmente estou estudando o que sempre quis estudar: Psicologia. 
 

Comparado à empolgação que senti no primeiro ano do curso, é natural que esse aqui pareça meio estagnado. Mas a verdade é que continuo aprendendo lições de vida valiosas a cada dia, que é o que fez com que eu me apaixonasse pela profissão em primeiro lugar. Ainda que não acredite que vá me tornar uma behaviorista, aprendi com Skinner a repensar todas as minhas motivações. Uma vida orientada por reforçadores positivos é mais saudável do que uma orientada pela fuga da culpa.


Tenho aprendido a permitir que as coisas me inspirem. Não resistir. Simplesmente me entregar à inspiração quando ela me encontrar. É, pois é, sempre achei plantas dentro de casa algo bonitinho.
 
 

Dei uma arrumada no meu quarto, coisa que vinha adiando desde que voltei para cá. Chamo essa escrivaninha de "cantinho da produtividade". Tudo o que está nela me lembra de um período particularmente produtivo da minha vida. E organizar o espaço foi o primeiro passo para resgatar toda essa motivação.


Falando em resgatar, voltei a dar uma chance a certas crenças antigas que se viram abandonadas antes mesmo de terem tido a chance de se firmar. Tenho tentado ler bastante também.


Academicamente falando, não tenho muito do que me queixar. Finalmente consegui estabelecer uma rotina de estudos que dá certo. Fiz todos os trabalhos com antecedência, o que me garantiu um final de semestre muito mais leve.


Uma coisa meio boba é que tenho gostado muito dos tons amarronzados/avermelhados da minha casa. Digo, voltei a apreciar essas pequenas coisas. A forma como a luz entra no cômodo. Um ambiente reconfortante. Estou reaprendendo a me sentir confortável, ou a me permitir relaxar quando tá tudo certo.


Minha autoestima também anda melhor. Um novo cabelo, novos penteados, novas roupas. Pessoas novas, programas novos. Superando pequenos traumas e complexos. Aprendendo a aceitar afeto e a desejar companhia. Também tenho percebido novas inseguranças, o que é de se esperar. A novidade é que agora elas vem acompanhadas da consciência de que são superáveis e parte da vida. Aprendendo a olhar para mim mesma com olhos menos críticos e mais realistas. Não posso ser justa com as pessoas se for uma carrasca comigo mesma.

Enfim, eu realmente gosto desse espaço. Vou tentar me sentir confortável aqui mais vezes.

Um comentário:

  1. "Hoje vou falar sobre 2016, o ano menos produtivo da minha vida. Até agora" Sinto-me completamente empática desta singela afirmação.

    "Tenho aprendido a permitir que as coisas me inspirem. Não resistir. Simplesmente me entregar à inspiração quando ela me encontrar." Eu Acho isso extremamente difícil. Gostaria de fazer mais tbm.

    "Uma coisa meio boba é que tenho gostado muito dos tons amarronzados/avermelhados da minha casa. Digo, voltei a apreciar essas pequenas coisas. A forma como a luz entra no cômodo. Um ambiente reconfortante" Eu acho essas sensações um dos detalhes mais incríveis do ser humano. Tento agarrá-las e guardá-las muito bem no coração quando me acontecem. São inexplicáveis e únicas! <3

    Adorei ler esse post. Estava um pouco irritada comigo mesma por não produzir nada há algum tempo (me sentindo um pouco desconectada do mundo e de mim mesma, sei lá). Gosto quando as pessoas falam sobre coisas aparentemente simples, que são a chave para nossa complexidade de indivíduos no mundo. <3

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